Humberto Delgado – obviamente assassinado por ordem de
Salazar
Há
50 anos, em 13 de Fevereiro de 1965, a PIDE assassinou o general Humberto
Delgado. Sempre sob a orientação pessoal de Salazar (que despachava diretamente
com o Diretor), tudo o que era importante ser feito dentro da PIDE tinha o aval
do ditador.
Em 12 de Fevereiro de 1965, os elementos da brigada da
PIDE rumaram a Espanha, em duas viaturas, atravessando a fronteira, na manhã de
13 de Fevereiro, e dirigiram-se a Badajoz, acompanhados do chefe do posto
fronteiriço dessa polícia, António Semedo. Convencido de que iria reunir com os
seus correligionários políticos, Delgado encontrou-se, ao meio-dia, na zona da
Estação dos Caminhos-de-Ferro de Badajoz, com “Eduardo de Castro Sousa” (o
inspetor Lopes Ramos), que o levou a ele e a Arajaryr Campos (secretária do General),
para um local, onde a pretensa reunião estaria aprazada.
Chegados junto à ribeira de Olivença, em Los Almerines,
cerca das 15 horas, Ernesto Lopes Ramos terá parado o seu automóvel, a cerca de
dez metros da outra viatura, onde estava António Rosa Casaco, indicado como um
coronel que seria pretensamente correlegionário político de Delgado. Na
sequência desta falsa indicação, este terá saído do veículo e, ao mesmo tempo
que Rosa Casaco se dirigia ao encontro do general, o chefe de brigada Casimiro Monteiro
ganhou a dianteira, junto de Delgado, que se terá apercebido de que se tratava
de uma armadilha da PIDE.
MIGUEL LEITÃO Nº13 6ªD
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