Portugal mantinha laços
fortes e duradouros com as suas colónias africanas, quer como mercado para os
produtos manufaturados portugueses quer como produtoras de matérias primas para
a indústria portuguesa. Muitos portugueses viam a existência de um império
colonial como necessária para o país ter poder e influência contínuos. Mas o
peso da guerra, o contexto político e os interesses estratégicos de certas
potências estrangeiras inviabilizariam essa ideia.
Apesar das constantes
objeções em fóruns internacionais, como a ONU, Portugal mantinha as colónias
considerando-as parte integral de Portugal e defendendo-as militarmente. O
problema surge com a ocupação unilateral e forçada dos enclaves portugueses de
Goa, Damão e Diu, em 1961.
Em quase todas as colónias
portuguesas africanas – Moçambique, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo
Verde – surgiam entretanto movimentos independentistas, que acabariam por se
manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Estas guerrilhas não foram
facilmente contidas, tendo conseguido controlar uma parte importante do
território, apesar da presença de um grande número de tropas portuguesas que,
mais tarde, seriam em parte significativa recrutadas nas próprias colónias.
Os vários conflitos
forçavam Salazar e o seu sucessor Caetano a gastar uma grande parte do
orçamento de Estado na administração colonial e nas despesas militares. A
administração das colónias custava a Portugal um pesado aumento percentual
anual no seu orçamento e tal contribuiu para o empobrecimento da economia
portuguesa: o dinheiro era desviado de investimentos infra-estruturais na metrópole. Até 1960 o
país continuou relativamente frágil em termos económicos, o que aumentou a
emigração para países em rápido crescimento e de escassa mão-de-obra da Europa
Ocidental, como França ou Alemanha. O processo iniciava-se no fim da Segunda
Guerra Mundial.
Trabalho feito por:
Carlos Botelho Nº 6 6F
Mario dos Santos Nº14 6F
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