sábado, 9 de junho de 2018

Atalaia e tradições






Atalaia é uma antiga freguesia portuguesa do
concelho de Montijo.

Em 2013 juntou-se com a localidade de 
Alto Estanqueiro – Jardia, e
formaram a União das Freguesias de Atalaia e
Alto Estanqueiro-Jardia.

No último fim-de-semana de Agosto realiza-se a
Festa de Nossa Senhora da Atalaia, que dura quatro dias.
É considerada a romaria mais antiga realizada no sul do país.




Quinta-feira da Ascensão ou
Quinta-feira da Espiga


   Sem a animação e o concurso de outras épocas,
o Dia da Espiga é ainda celebrado na Atalaia,      
ao fim da tarde de quinta-feira.
A Festa da Ascensão é celebrada no quadragésimo dia
após o domingo de Páscoa, sempre uma quinta-feira, e
é uma das principais festas do ano cristão.
No princípio do século XX, Montijo despovoava-se porque,
à tarde, a população corria para a Atalaia e para os campos
para festejar o Dia da Espiga.


Milagres

Há, no Santuário da Atalaia, uma dependência que alberga
um conjunto de ex-votos, que testemunham as graças
recebidas por intervenção da imagem da Senhora da Atalaia.
A fé popular e a tradição oral atribuem inúmeros milagres à
intervenção de Nossa Senhora da Atalaia, alguns descritos
nos ex-votos.
Porém, dois acompanham a história dais intervenções da imagem.
Filipe II de Castela, I de Portugal, mandou cortar alguns
pinheiros que existiam em Atalaia para a construção de navios.
Os pinheiros foram marcados e, na data aprazada, quando se ia
proceder ao seu corte, foram encontrados todos tortos e
incapazes de serventia para o fim a que se destinavam,
Outro dos milagres guardados pela tradição conta que uma velha
octogenária tinha uma filha e que a filha falecera após laborioso
parto, parindo, ainda assim, um menino vivo. Não podendo a
velha mulher dar de mamar à criança «rogou com tanta fé a
Nossa Senhora da Atalaia, que atenta à sua miséria, lhe fizesse o
milagre de ela ter leite com que amamentasse o seu netinho, e
em tão boa hora foi feita sua humilde súplica, que a Virgem Mãe
de Deus e de misericórdia acedeu aos seus desejos e a pobre
velha alcançou o que ambicionara.»

Profano
O lado profano da romaria estampou-se, ao longo dos séculos, no arraial,
que, modernizando-se o que deve ser modernizado e atendendo-se aos
costumes de cada época, continua bem retratado pela pena do Pe.
Manuel Frederico Ribeiro da Costa, que, em 1887, anotou:
«O que propriamente se designa «arraial de Nossa Se­nhora de Atalaia» é
a área compreendida entre os três cruzeiros, no monte de Atalaia, onde
assenta a capela, como já indicámos no capitulo. Neste arraial é celebre o
movimento popular por ocasião das festas do último domingo de Agosto.
As casas, à excepção de mui poucas, em que vivem alguns pobres
carvoeiros, conservam-se fechadas um ano inteiro, para serem ocupadas
nos dias das festas deste domingo, e nos outros em que porventura
há al­guns círios a festejar.
Concorrem a estas festas do última domingo de Agosto, de grandes
distâncias  os diversos círios e muitas pessoas. Carros, caleças,
jumen­tos,  cavalos, etc. vindo de várias longitudes, cobrem de dia e noite
as estradas, apinhoadas de gente, mobílias, utensílios, quin­quilharias,
e todo o preciso para um arraial e uma feira.
As se­manas anteriores a estas festas são empregadas em preparati­vos;
homens e mulheres, todos, como que à porfia, concorrem nesta ocasião
ao santuário da Virgem de Atalaia. O maior concurso de gente é no
sábado do último domingo de Agosto, que sem exageração, em alguns
anos, tem excedido o número de oito ou dez mil pessoas.

Festas da Atalaia

A festa da Atalaia tem uma grande componente religiosa, pois é
conhecida pelos vários círios que acorrem à Atalaia.

Esta romaria teve início aquando de uma promessa feita em 1507,
devido à peste que grassou na capital.

Os pioneiros desta peregrinação foram os empregados da
Alfândega de Lisboa, chegando mesmo a ter trinta círios.

          Atualmente, são cinco círios e um grupo que continuam a
venerar a Nossa Senhora da Atalaia: Quinta do Anjo, Carregueira, Olhos d’Água (concelho de Palmela), Azóia (Sesimbra) o Círio Novo da Jardia (Montijo) e o grupo Amigos no Estribo.

Uns chegam à quinta-feira e outros à sexta, altura em que cada círio dá três voltas ao Cruzeiro-Mor, subindo a escadaria até ao santuário e acompanhados pela imagem de Nossa Senhora da Atalaia com desfile das bandeiras que os identificam.

No ponto alto da festa, Domingo, todos os círios participam na procissão coletiva. Chegada a noite procede-se à Arrematação das Bandeiras que simboliza promessas a cumprir, seguida dos vários bailaricos nas sedes dos círios.  

As tradições taurinas, também, marcam presença com diversas largadas, em todos os dias da festa, no antigo campo de futebol.

Amigos no estribo

O grupo Amigos no Estribo teve início em 2014.
Este grupo é composto por quatro elementos.
Este grupo faz uma romaria a cavalo com a imagem da

Nª Sª da Atalaia partindo do Largo da Feira no Montijo.
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Os Amigos no Estribo elaboram cavalhadas e
Dérbi de atrelagem no recinto das largadas.
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Enviado por Petra


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