segunda-feira, 11 de junho de 2018

Festas

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A  queima do batel é uma tradição muito antiga na aldeia galega.
As Festas de S. Pedro foram, no fundo, uma manifestação corporativa,  
da classe piscatória, pobre e laboriosa, que parava dois dias por ano
para consagrar os seus santos padroeiros, S. Pedro e S. Marçal,
nos dias 29 e 30 de Junho. Os pescadores, por alguma razão,
preferiam sempre a área da Quinta do Pátio de Água.


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Uma pequena conversa com um dos moradores
mais antigos do Montijo:
Nasci no Beco mais antigo do Bairro dos Pescadores e trabalhei
durante muitos anos na avenida dos pescadores e na praça da República.
Conheço bem a história das nossas festas.
As festas dos pescadores consistiam na procissão no dia de S. Pedro  
à tarde e na lavagem ao Senhor dos Aflitos no dia de São Marçal,
seguida da arrematação das bandeiras e do S. Pedro e de almoço
de confraternização da classe piscatória.Os jovens da minha geração,
pescadores ou não, pouco se entusiasmavam com estas festas.
Adoravam a festa grande em honra da Nª Sª da Atalaia, onde se realizava
uma festa de arromba, com feira de diversões, comes e bebes,
bailes nos círios, (...) Tudo o que de melhor e pior havia na época  
ia parar à Atalaia. O Montijo e a região “despejavam-se” para a Atalaia.
Os que tinham maiores rendimentos alugavam uma casa para o período
da festa. As famílias ricas tinham lá casa.Em 1951, uma comissão liderada
pelo Sr. Humberto de Sousa organizou com a ajuda da população, as festas
em honra de S. Pedro, aproveitando das antigas a procissão, a lavagem e o
almoço de confraternização.A partir daí passou a haver festa a valer no
Montijo com arraial, fogo de artifício, queima do batel, feira de diversões,
bandas de música e ranchos folclóricos.

festas popu
Enviado por Margarida Gamito (6B)

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